Cores em Vicky Cristina Barcelona

Hey,povo!

Faz um tempo que não falo de filmes por aqui! Gosto muito de observar as cores dos filmes, as roupas, a iluminação, tudo isso em conjunto ajuda a passar sensações e emoções das cenas. Já falei disso aqui e aqui.
Quando lembro de momentos da minha vida é sempre com cenas parecidas com filmes. Como se eu colocasse filtros diferentes sobre as lembranças e as cores reforçassem as emoções do momento, mesmo que eu saiba que,na verdade, aquelas cores não estavam presentes na realidade. Um filme que gosto muito é Vicky Cristina Barcelona (2008) do diretor Woody Alen.

Sinopse:

Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) são amigas e passam férias em Barcelona. Vicky está noiva e é sensata nas questões do amor. Cristina é pura emoção e movida a paixão. Durante uma exposição de arte, as duas se encantam pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem), que as convida mais tarde, durante um jantar, para uma viagem. O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento problemático com sua ex esposa Maria Elena (Penélope Cruz). E as coisas ainda ficam piores porque as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a um complicado “quadrado” amoroso.

As cores no começo são mais vivas e vão mudando no decorrer do filme.
Vicky é mais contida e regrada, Cristina é mais solta e livre. Quando se deparam com Juan Antonio, que passa a influenciar a vida das amigas e deixa bem claro desde o início que quer as duas.


O filme mostra bem as dúvidas em relação aos sentimentos humanos, às regras preestabelecidas de relacionamentos e tabus que todo mundo faz de conta que estão resolvidos até que se deparem com eles. Serve para fazer muitas pessoas se perguntarem por que, afinal, não estão felizes em seus relacionamentos. Será que é a pessoa errada? o momento errado? ou simplesmente que o modo de relacionar-se que é praticamente imposto que faz as coisas não darem certo?
Não é dizer que essa ou aquela forma de relacionar-se é melhor e sim que as pessoas são diferentes, com vidas diferentes e desejos diferentes e nem sempre aquele modelo único dito como o certo é o que faz todos ficarem felizes. É um filme que faz as pessoas pensarem em permitirem-se gostarem do que gostam e serem quem são e aguentarem, obviamente, o preço disso.

Maria Helena ao aparecer faz pensar logo de primeira: Louca! Mas percebemos que é extremamente verdadeira e intensa, papel que rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante a Penélope Cruz.
A ligação que os personagens têm com a arte é bastante forte, enquanto Vicky tem uma ligação mais acadêmica, Cristina, Maria Helena e Juan Antonio têm uma ligação mais intensa. Muito mais que um hobby ou uma profissão, é parte da vida, é algo presente nas relações, no dia a dia, no estabelecimento da confiança.



As cores ao longo do filme, tanto das roupas quanto do cenário, me passam uma sensação de extrema naturalidade. Os cortes e cores das roupas são em geral mais simples e em tons terrosos ou próximos de tons terrosos.
O filme mostra um assunto não muito comum e bem aceito, a poligamia, como algo natural, que foi construído de forma honesta e verdadeira (mas não menos conturbada). E que não daria tão certo de outra maneira.
De acordo com a própria Maria Helena para Juan “nós fomos feitos um para o outro, mas não conseguimos ficar juntos, é uma contradição”. E depois fala a Cristina que ela era o ingrediente que faltava.


Depois desse filme fiquei com mais vontade ainda de visitar a Espanha!

Quem aí já assistiu? gostou? alguém mais repara nas sensações que as cores dos filmes passam?

Beijos, Jheh
=*
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